Luiz Carlos Parejo*
Especial para a Página 3
Pedagogia & Comunicação
Quando os pesquisadores
do século 19 e início do
século passado
observavam as diferentes
formas de relevo,
perguntavam-se por que
alguns lugares possuíam
montanhas elevadas com
picos pontiagudos,
outros eram montanhas
arredondadas e outros
eram planícies (áreas
amplas e planas,
geralmente muito
baixas).
Para tentar explicar a
questão, chegaram a
propor que a Terra
estava se expandindo
(crescendo como um pão
de queijo ou um bolo no
forno) e conforme se
expandia apareciam essas
diferenças de altitude e
formas da superfície
(essas desigualdades são
chamadas de relevo).
Outros pesquisadores
pensavam que a Terra
estaria se encolhendo
como uma ameixa que seca
e ao encolher
apareceriam as montanhas
e depressões.
Então o pesquisador
Alfred Wegener elaborou
a teoria da deriva
continental.
A teoria foi confirmada
com o surgimento da
teoria de movimento das
placas tectônicas.
Placas Tectônicas
A teoria da Tectônica de
Placas afirma que o
planeta Terra é dividido
em várias placas
tectônicas (como uma
bola de capotão, mas com
gomos irregulares e de
diferentes tamanhos) que
se movimentam, pois
estão flutuando sobre o
magma (como a lava
vulcânica derretida que
sai dos vulcões). Ao se
movimentarem, formam as
montanhas mais recentes
(dobramentos modernos),
fossas oceânicas,
atividade vulcânica,
terremotos,
cordilheiras
meso-oceânicas,
tsunamis, etc.
A Terra é formada por
várias camadas, as três
principais são: núcleo,
manto e crosta. Existem
várias subdivisões,
algumas aparecem na
figura abaixo:
 |
A LITOSFERA
ou crosta é
a camada
superficial
da Terra. É
formada por
áreas
emersas,
continentais,
onde
predominam,
principalmente,
silício e
alumínio
(por isso
ela também é
chamada de
Sial,
abreviação
dos dois
componentes),
e áreas
submersas,
constituindo
o leito
oceânico,
formado
principalmente
por silício
e magnésio
(também
chamado de
Sima). Logo
abaixo da
crosta
encontra-se
uma
imensidão de
consistência
pastosa
constituída
de rocha
derretida, a
ASTENOSFERA,
também
chamada de
Manto (ou
Magma). A
porção
inferior do
Manto e
superior do
Núcleo,
segundo
estudos,
possui
consistência
líquida e é
denominada
Camada
Intermediária.
No centro da
Terra,
encontramos
o Núcleo, de
consistência
sólida,
constituída,
principalmente,
por Ferro e
Níquel, daí
denominada
NIFE.
|
Flutuando no Magma
As placas apresentam uma
densidade menor (em
média 2,8) que a do
magma (em média 3,2) e
por isso as placas
"flutuam" no magma da
astenosfera que é tão
quente (geralmente mais
de 1.000ºC) que se
apresenta derretido,
portanto quase líquido,
mas muito viscoso.
Como todo líquido
quente, o magma gira e
ao girar empurra as
placas em um certo
sentido. Então, elas
podem se chocar ou se
afastar.
 |
Zona de
convergência,
em que as
placas se
chocam
resultando
na formação
de
dobramentos
modernos e
fossas
oceânicas.
|
 |
Zona
divergente
no centro da
figura, em
que as
placas se
afastam
resultando
na formação
das Dorsais
Submarinas e
naformação
da crista
médio-oceânica.
No centro do
Oceano
Atlântico
temos a
"Dorsal
Meso-Atlântica",
comprida
cadeia
montanhosa
submarina da
qual se
vislumbram
somente os
picos,
constituindo
as ilhas
atlânticas.
|
Uma grande parte da
atividade vulcânica e
dos abalos sísmicos mais
fortes (terremotos)
estão localizados nas
bordas das placas
tectônicas. Se
compararmos os mapas
abaixo para relacionar
esses fenômenos,
perceberemos que os
limites das placas
tectônicas e a
localização dos
terremotos e vulcões
coincidem e se
concentram em volta do
oceano Pacífico (por
isto esta região é
chamada de Círculo de
Fogo do Pacífico).
Alterações
no relevo - formação das
montanhas
Os movimentos convergente
e divergente das placas
provoca alterações no
relevo. A cada choque, a
placa que apresenta
menor viscosidade (mais
aquecida) afunda sob a
mais viscosa (menos
aquecida). A parte que
penetra tem o nome de
zona de subducção.
No oeste da América do
Sul, por exemplo, o
afundamento da placa de
Nazca sob a placa
continental originou a
cordilheira dos Andes.
As montanhas são formas
de relevo da superfície
da Terra que,
normalmente, se elevam
para um topo estreito em
forma de cume,
originando escarpas. São
vastas elevações e
depressões. Podem
apresentar-se segundo
extensos alinhamentos de
relevo, ou sob a forma
de montanhas isoladas,
estas normalmente
associadas a fenômenos
vulcânicos. Vamos
procurar dar algumas
explicações, tendo
sempre em conta o
conhecimento atual, para
a formação das
montanhas.
Na Terra os extensos
alinhamentos de relevo
que cruzam oceanos e
continentes têm uma
origem, direta ou
indiretamente, ligados
ao movimento das grandes
placas litosféricas
terrestres. De entre
estas estruturas, as
cadeias de montanhas
são as que melhor se
conhecem e as que, com
certeza, foram objeto
das mais antigas
investigações
científicas.
As montanhas formam-se
através de diversos
processos geológicos.
Assim, podemos
considerar quatro tipos
diferentes de montanhas:
vulcânicas, erodidas,
falhadas, e dobradas.
 |
Mauna
Kea, Hawaii,
EUA
|
Montanhas
vulcânicas,
também conhecidas como
vulcões. Apresentam, na
maioria dos casos, uma
parte emersa que por sua
vez faz parte de uma
sucessão de grandes
vulcões. Uma região com
uma sucessão de vulcões
é o Havai. O Mauna Kea
(4.205 m) é um exemplo
típico de uma montanha
vulcânica.
Fonte:
Disponível em
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário