domingo, 21 de outubro de 2012

6 ano exercicios

1.


Responda:
a) Em qual zona térmica está a maior parte das terras do Brasil?
b) Como são as temperaturas nesse trecho?
c) Em qual trecho do Brasil há maior variação de temperatura no decorrer do ano? Por quê?

2.


a) Qual a principal informação apresentada no mapa?
b) Quais tipos de clima ocorrem no Brasil?
c) Quais tipos de clima abrangem maiores extensões da superfície terrestre?
d)Quais tipos de clima abrangem a:
• zona temperada?
• zona polar?
• zona tropical?
e) Como devem ser as temperaturas ao longo do ano nas áreas com esses tipos de clima?
f) Qual a explicação para a existência de clima frio na zona tropical?

3. Escolha três tipos climáticos diferentes e caracterize-os quanto à temperatura e ao índice pluviométrico.

4. Os gráficos são utilizados para representar dados. A quantidade de chuvas em um ano é representada em um gráfico de precipitações anuais. Veja este modelo.



Agora vocês vão construir um gráfico. Arrumem uma folha de papel milimetrado. Tracem duas linhas perpendiculares. Copiem os elementos do modelo acima, com exceção da linha vermelha e dos pontos verdes.

Os dados a seguir representam as precipitações anuais de uma cidade hipotética.



Transponham os dados acima, um a um, para o papel milimetrado. Marquem os pontos que representam a interseção da linha dos meses com a que representa a quantidade de chuva. Ligue os pontos, como mostra o modelo acima.

5. O gráfico a seguir chama-se pluviograma. Ele representa o total de chuvas que caíram em Brasília durante um ano. Leia-o com atenção e depois responda às questões no caderno.



a) O que indica o eixo horizontal do gráfico?
b) O que indica o eixo vertical?
c) Que meses foram mais chuvosos e em que estações do ano ocorrem?
d) Que meses foram menos chuvosos e em que estações do ano ocorrem?
e) Qual o mês mais seco e qual o mais chuvoso do ano?

6. Qual a característica mais marcante do clima subtropical no Brasil?

7. O que aconteceria se a Terra perdesse seu movimento de translação, mas conservasse o movimento de rotação?

Disponível em: http://geoterramais.blogspot.com.br/2011/04/6-ano-exercicios.html. Acesso em: 21/10/2012.

Exercícios de Geografia - 6º ano

Exercícios - Geografia - 6º ano
1. Assinale a opção incorreta em relação as características da Paisagem:
a) A Paisagem é tudo o que os nossos olhos veem de um determinado local.
b) As paisagens mudam.
c) As paisagens podem ser bonitas ou feias.
d) As paisagens representam apenas elementos naturais de um determinado lugar.
2. A paisagem em que predominam os aspectos originais da natureza como a vegetação, o relevo e a hidrografia é chamada de paisagem natural.
Assinale a alternativa abaixo que contenha apenas paisagens naturais:
a) floresta, conjunto de montanhas e avenida
b) rodovia, edifícios e represa
c) geleira, floresta e conjunto de montanhas.
d) hidrelétrica, cidade e lago.
3. Assinale a opção incorreta em relação as características do espaço geográfico:
a) O espaço geográfico é a natureza transformada pelos seres humanos, por meio de seu trabalho ao longo da história.
b) Lugar é a parte do espaço geográfico onde vivemos e interagimos com a paisagem.
c) Para entendermos o espaço geográfico faz-se necessário compreender a sociedade que o criou e continua a transformá-lo ao longo do tempo.
d) Espaço geográfico é que predominam os aspectos originais da natureza.
4. Com base nos conceitos de paisagem natural e paisagem humanizada classifique as 
colunas de acordo com o tipo de paisagem; 
N. Paisagem Natural     H. Paisagem Humanizada     R. Paisagem Rural    U. Paisagem Urbana 
a) É aquela composta por diversos elementos físicos como: solos , rios, relevos e etc. 
b) É caracterizada por extensas áreas de pastagens e plantações, casas longe da outras. 
c) Delimita-se pela grande metrópole de concreto e asfalto, com ruas pavimentas  
d) Tem sua estrutura adaptada  às necessidades do homem, da produção e sobrevivência. 
5. Observe atentamente a rosa dos ventos, complete os pontos cardeais e colaterais; 



6. Os pontos colaterais ficam entre os pontos cardeais. 
Entre o norte e o leste está o _______________________
Entre o sul e o leste está o     _______________________
Entre o sul e o oeste está o    _______________________
Entre o norte e o oeste está o _______________________ 

7 . Quando falamos de latitude, é correto afirmar que ela é determinada por: 
a) trópico de Capricórnio   b) meridiano de Greenwich     c) trópico de Câncer    d) linha do Equador
8. Identifique no globo abaixo os principais paralelos:
 
9. Identifique no mapa do Brasil abaixo, o Distrito Federal, os estados e suas respectivas capitais: 
                                                                            
10. Completado o mapa acima, com o auxílio da rosa-dos-ventos, escreva nas lacunas abaixo o ponto cardeal ou colateral correspondente:
a) A cidade de Manaus fica a __________________ de Belém. 
b) A cidade de São Paulo fica ao ________________de Curitiba. 
c) A cidade de Goiânia fica ao __________________de Palmas. 
d) A cidade de Belo horizonte fica a ______________de Campo Grande. 
e) A cidade de Salvador fica ao __________________de Goiânia.

Chave de correção:
1) d);
2) c);
3) d);
4) a) N; b) R; c) U; d) H;
5)
 
6) Nordeste; sudeste; sudoeste; noroeste.
7) d);
8)
 9)
10) a) oeste; b) nordeste; c) sudoeste; d) leste; e) nordeste.
 
Disponível em:  http://regininha-atividadesescolares.blogspot.com.br/2012/08/exercicios-de-geografia-6-ano.html. Acesso em: 21/10/2012.

Exercícios de Geografia com respostas : 6º ano

       Exercícios de Geografia com respostas , do  6º ano do ensino fundamental 



         1-   Relacione as colunas

A  -     O início da construção da  ponte Rio – Niterói foi em 1969 e terminou em   1974, é a sexta maior ponte do mundo.

B -  Em abril de 2010 um vulcão na Islândia entrou em erupção, causando prejuízos ambientais e econômicos.

C -  Um tsunami (onda gigante) atingiu a região de Aceh (território da Indonésia, ao norte da Ilha de Sumatra) em dezembro de 2004, deixando mais de 200 mil mortos. 

D -   A usina hidrelétrica de Itaipu (2ª maior do mundo) foi construída em 1982, na fronteira do Brasil com o Paraguai (no Rio Paraná) .

       (         )  alteração da natureza (meio ambiente) por causas naturais
       (         )  alterações da natureza  (meio ambiente) por causas antrópicas (ação do homem)
 


Resposta :      ( B  C ) 
                       ( A  D ) 

2-      O   ___________________________________________   é responsável pela manutenção do calor na atmosfera terrestre. Os raios solares penetram na atmosfera e seu calor é absorvido e mantido pelos gases que compõem  a atmosfera.


Resposta :   efeito estufa 


3-     O  _____________________________________  resulta da emissão de gases de efeito estufa (gases GEE, dióxido de carbono ou CO² e metano) . Esses gases são emitidos principalmente pela queima de combustíveis fósseis  : escapamento dos motores de veículos a combustão (gasolina, óleo diesel) , queimadas de florestas , produção de energia elétrica utilizando carvão (usina termelétrica) .  Soluções para isso : reflorestamento (plantar árvores) , utilização de energias mais limpas : energia elétrica, energia solar, energia dos ventos . 


Resposta : aquecimento global 



4 -   Relacione as colunas , indicando o número da coluna da esquerda nos parênteses da direita.


A - Atmosfera     (   ) crosta terrestre , conjunto das rochas e solo da Terra
B - Litosfera       (   ) é o espaço que abriga a vida na Terra  
C - Hidrosfera    (   )conjunto dos ambientes aquáticos (oceanos, lagos, rios, etc.). 
D - Biosfera       (   )camada de gases que envolve a Terra


Resposta :             ( B )
                               ( D ) 
                               ( C )
                               ( A )



 5 -     O ______________________________ é a obstrução do fluxo natural da água do rio pelo depósito de detritos, sedimentos ou lixo.  Em conseqüência dos desmatamentos, sobretudo da retirada  das matas ciliares (matas das margens dos rios), os solos  sofrem erosão e seus sedimentos são transportados pelas chuvas para dentro dos rios. As populações que habitam as margens dos rios têm por hábito jogar lixo neles, contribuindo para o seu entupimento. Qualquer lixo jogado nas ruas  é levado para os rios, em chuvas fortes, e isso aumenta o risco das enchentes.


Resposta :   assoreamento 



6 -   O trabalho de cada indivíduo contribui para o desenvolvimento do país. No Brasil, já somos  190 milhões de habitantes, com necessidades de transporte (aviões, rodovias, automóveis) , estudo (escolas, universidades,  cursos profissionalizantes), alimentação (agricultura, agropecuária, fruticultura) e diversos produtos industrializados (geladeira, fogão, ferro de passar, televisão, computador).  Quais são os três setores da economia ?


Resposta :

 Setor   Primário  -   agricultura, pesca, agropecuária , extração de matérias primas vegetal e animal
Setor   Secundário - indústria e construção civil (transforma a matéria prima extraída pelo setor primário)  
Setor  Terciário  -  serviços ( hospitais, bancos, escolas, universidades, comércio, transporte, restaurantes ) 

Disponível em: http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br/2011/11/exercicios-de-geografia-com-respostas-6.html. Acesso em: 21/10/2012 .

Questões com Gabarito - Geografia - Ensino Fundamental - 6° ano - Ação Antrópica - Paisagem

1ª Questão                     O que é geografia  ?

a) Geografia é a ciência que estuda os seres vivos .
b) Geografia é o conjunto de todos os oceanos do mundo e os animais que neles vivem .
c) Geografia é a ciência que estuda a superfície terrestre e as interações do homem com o meio ambiente. 
d) Geografia é um tipo de paisagem que foi alterada pelas sociedades humanas .
e) Geografia é o estudo da Terra, planetas, sol e da atmosfera terrestre .
                                                                                                                                                                                                                                                                                                             Gabarito   c

2ª Questão                   Por que os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente ?

a)  Os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente para preservar  a beleza das praias e florestas .
b)  Os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente para adquirirem conhecimento .
c)  Os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente por razões puramente psicológicas, étnicas e sociais .
d) Os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente para suprir suas necessidades de moradia e alimentação, bem como para terem uma melhor qualidade de vida e conforto .
e) Os seres humanos alteram e transformam o meio ambiente,  pois são independentes da natureza . 
                                                                                                                                                                                 Gabarito  d

3ª Questão   Qual é a diferença  entre paisagem natural e paisagem geográfica  (ou cultural)  ?   
       
a) A paisagem natural não foi modificada pela ação do  homem, e a paisagem geográfica foi transformada, alterada pelos seres humanos .
b) A paisagem geográfica é tal como Deus criou, e a paisagem natural foi transformada, alterada pela ação do homem .
c) A paisagem geográfica é aquela que nossa visão alcança, como, por exemplo, as cachoeiras, as florestas, sem a ação antrópica, e as paisagens naturais são feitas pela natureza .
d) A paisagem natural retrata as cidades e todos ambientes construídos, alterados, transformados pelos seres humanos, com objetivo de suprir suas necessidades básicas, e a paisagem geográfica nos mostra as belezas da natureza, tal qual Deus criou 
e) Não há diferença alguma, a paisagem natural e a paisagem geográfica são sinônimos, ou seja, têm o mesmo significado : tudo o que nossos olhos vêem .
                                                                                                                                                                                                                                                                                                Gabarito  a

4ª Questão               Sobre a ação do homem, o mesmo que ação antrópica, assinale a alternativa certa :

a) O ser humano tem como objetivo garantir a reprodução da sua espécie, ao que se chama de ação antrópica. 
b) O ser humano transforma e altera o meio ambiente, o que se chama de ação antrópica, com objetivo de suprir suas necessidades básicas, ou seja, de moradia e alimentação, e também para ter melhor qualidade de vida .
c) A ação do homem conquista novos conhecimentos e tecnologias, como por exemplo o avião . 
d) O ser humano tenta imitar a natureza agindo sobre  todo o planeta terra, e isso faz com que cada vez mais animais, vegetais e plantas cresçam e vivam em equilíbrio .
e) A ação do homem tem o objetivo de conquistar o seu território  através de guerras .
                                                                                                                                                                                                                                                                   Gabarito  b

5ª Questão      O meio ambiente é um assunto muito comentado e discutido hoje em dia, sobre ele marque a alternativa correta :

a)  O meio ambiente do mundo está passando por uma onda de  calor devido ao esfriamento das calotas polares .
b) O meio ambiente é tudo o que nos cerca, podendo ser o espaço pequeno da nossa sala de aula , ou toda a superfície terrestre .
c) O meio ambiente está em equilíbrio, pois a ação  antrópica garante  a preservação de todos os animais e vegetais .
d) O meio ambiente é a natureza, excluindo a presença do ser humano . 
e) O meio ambiente é uma ciência recente que surgiu da necessidade ampliar a produção de alimentos.  
                                                                                                                                                                           
                                                                                                                                               Gabarito  b
 
Disponível em: http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br/2011/05/questoes-com-gabarito-geografia-ensino.html. Acesso em: 21/10/2012.

sábado, 20 de outubro de 2012

"PELO AMOR DE DEUS, PAREM DE AJUDAR A ÁFRICA!"
Especialista explica que a ajuda internacional alimenta a corrupção e impede que a economia se desenvolva, o que destrói a produção agrícola e causa desemprego, mais miséria e mais dependência
O especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids.

DER SPIEGEL - Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África...

James Shikwati -
Pelo amor de Deus, parem com isso!

DS - Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza.

Shikwati -
Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.

DS - O senhor tem uma explicação para esse paradoxo?

Shikwati -
Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.

DS - Mesmo em um país como o Quênia pessoas morrem de fome todos os anos. Alguém precisa ajudá-las.

Shikwati -
Mas são os próprios quenianos quem deveria ajudar essas pessoas. Quando há uma seca em uma região do Quênia, nossos políticos corruptos imediatamente pedem mais ajuda. O pedido chega ao Programa Mundial de Alimentação da ONU --que é uma agência maciça de "apparatchiks" que estão na situação absurda de, por um lado, dedicar-se à luta contra a fome, e por outro enfrentar o desemprego onde a fome é eliminada. É muito natural que eles aceitem de bom grado o pedido de mais ajuda. E não é raro que peçam um pouco mais de dinheiro do que o governo africano solicitou originalmente. Então eles enviam esse pedido a seu quartel-general, e em pouco tempo milhares de toneladas de milho são embarcadas para a África...

DS - Milho que vem predominantemente de agricultores europeus e americanos altamente subsidiados...

Shikwati -
... e em algum momento esse milho acaba no porto de Mombasa. Uma parte do milho em geral vai diretamente para as mãos de políticos inescrupulosos, que então o distribuem em sua própria tribo para ajudar sua próxima campanha eleitoral. Outra parte da carga termina no mercado negro, onde o milho é vendido a preços extremamente baixos. Os agricultores locais também podem guardar seus arados; ninguém consegue concorrer com o programa de alimentação da ONU. E como os agricultores cedem diante dessa pressão o Quênia não terá reservas a que recorrer se houver uma fome no próximo ano. É um ciclo simples mas fatal.

DS - Se o Programa Mundial de Alimentação não fizesse nada, as pessoas morreriam de fome.

Shikwati -
Eu não acredito nisso. Nesse caso, os quenianos, para variar, seriam obrigados a iniciar relações comerciais com Uganda ou Tanzânia, e comprar alimento deles. Esse tipo de comércio é vital para a África. Ele nos obrigaria a melhorar nossa infra-estrutura, enquanto tornaria mais permeáveis as fronteiras nacionais --traçadas pelos europeus, aliás. Também nos obrigaria a estabelecer leis favorecendo a economia de mercado.

DS - A África seria realmente capaz de solucionar esses problemas por conta própria?

Shikwati -
É claro. A fome não deveria ser um problema na maioria dos países ao sul do Saara. Além disso, existem vastos recursos naturais: petróleo, ouro, diamantes. A África é sempre retratada como um continente de sofrimento, mas a maior parte dos números é enormemente exagerada. Nos países industrializados existe a sensação de que a África naufragaria sem a ajuda ao desenvolvimento. Mas, acredite-me, a África já existia antes de vocês europeus aparecerem. E não fizemos tudo isso com pobreza.

DS - Mas naquela época não existia a Aids.

Shikwati -
Se acreditássemos em todos os relatórios horripilantes, todos os quenianos deveriam estar mortos hoje. Mas agora os testes estão sendo realizados em toda parte, e acontece que os números foram enormemente exagerados. Não são 3 milhões de quenianos que estão infectados. De repente eram apenas cerca de um milhão. A malária é um problema equivalente, mas as pessoas raramente falam disso.

DS - E por quê?

Shikwati -
A Aids é um grande negócio, talvez o maior negócio da África. Não há nada capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids. A Aids é uma doença política aqui, e deveríamos ser muito céticos.

DS - Os americanos e europeus têm fundos congelados já prometidos para o Quênia. O país é corrupto demais, segundo eles.

Shikwati -
Temo, porém, que esse dinheiro ainda será transferido em breve. Afinal, ele tem de ir para algum lugar. Infelizmente, a necessidade devastadora dos europeus de fazer o bem não pode mais ser contida pela razão. Não faz qualquer sentido que logo depois da eleição do novo governo queniano --uma mudança de liderança que pôs fim à ditadura de Daniel Arap Mois--, de repente as torneiras se abriram e o dinheiro verteu para o país.

DS - Mas essa ajuda geralmente se destina a objetivos específicos.

Shikwati -
Isso não muda nada. Milhões de dólares destinados ao combate à Aids ainda estão guardados em contas bancárias no Quênia e não foram gastos. Nossos políticos ficaram repletos de dinheiro, e tentam desviar o máximo possível. O falecido tirano da República Centro Africana, Jean Bedel Bokassa, resumiu cinicamente tudo isso dizendo: "O governo francês paga por tudo em nosso país. Nós pedimos dinheiro aos franceses, o recebemos e então o gastamos".

DS - No Ocidente há muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África. Todo ano eles doam dinheiro e mandam roupas usadas em sacolas...

Shikwati -
... e então inundam nossos mercados com essas coisas. Nós podemos comprar barato essas roupas doadas nos chamados mercados Mitumba. Há alemães que gastam alguns dólares para comprar agasalhos usados do Bayern Munich ou do Werder Bremen. Em outras palavras, roupas que algum garoto alemão mandou para a África por uma boa causa. Depois de comprar esses agasalhos, eles os leiloam na eBay e os mandam de volta à Alemanha -- pelo triplo do preço. Isso é loucura!

DS - ... e esperamos que seja uma exceção.

Shikwati -
Por que recebemos essas montanhas de roupas? Ninguém passa frio aqui. Em vez disso, nossos costureiros perdem seu ganha-pão. Eles estão na mesma situação que nossos agricultores. Ninguém no mundo de baixos salários da África pode ser eficiente o bastante para acompanhar o ritmo de produtos doados. Em 1997 havia 137 mil trabalhadores empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003 o número tinha caído para 57 mil. Os resultados são iguais em todas as outras regiões onde o excesso de ajuda e os frágeis mercados africanos entram em colisão.

DS - Depois da Segunda Guerra Mundial a Alemanha só conseguiu se reerguer porque os americanos despejaram dinheiro no país através do Plano Marshall. Isso não se qualificaria como uma ajuda ao desenvolvimento bem-sucedida?

Shikwati -
No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria. Deve haver uma mudança de mentalidade. Temos de parar de nos considerar mendigos. Hoje em dia os africanos só se vêem como vítimas. Por outro lado, ninguém pode realmente imaginar um africano como um homem de negócios. Para mudar a situação atual, seria útil se as organizações de ajuda saíssem.

DS - Se fizessem isso, muitos empregos seriam perdidos imediatamente.

Shikwati -
Empregos que foram criados artificialmente, para começar, e que distorcem a realidade. Os empregos nas organizações estrangeiras de ajuda são muito apreciados, é claro, e elas podem ser muito seletivas na escolha das melhores pessoas. Quando uma organização de ajuda precisa de um motorista, dezenas de pessoas se candidatam. E como é inaceitável que o motorista só fale sua língua tribal, o candidato também deve falar inglês fluentemente --e, de preferência, ter boas maneiras. Então você acaba com um bioquímico africano dirigindo o carro de um funcionário da ajuda, distribuindo comida européia e forçando os agricultores locais a deixar seu trabalho. É simplesmente loucura!

DS - O governo alemão se orgulha exatamente de monitorar os receptores de suas verbas.

Shikwati -
E qual é o resultado? Um desastre. O governo alemão jogou dinheiro diretamente para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, um homem que tem na consciência a morte de um milhão de pessoas --que seu exército matou no país vizinho, o Congo.

DS - O que os alemães deveriam fazer?

Shikwati -
Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.
 
Der Spiegel ,Thilo Thielke
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Disponível em: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=sl107, consulta realizada em: 20/10/2912.

domingo, 14 de outubro de 2012

O tratado da Antártida

Tema:Ecologia
Autor: Chris Bueno
Data: 9/10/2008

Devido às suas condições extremas, o continente Antártico é considerado desabitado (com excessão dos cientistas que fazem pesquisas da região). Mas essas condições não diminuiram a curiosidade e a cobiça sobre o continente, e até pouco tempo atrás vários países reinvidicavam a posse de um “pedaço” da Antártida: Inglaterra, Argentina, Estados Unidos, Japão, Rússia e até o Brasil.

Para entrar em um acordo e colocar um fim na disputa internacional pela área, foi firmado, em 23 de junho de 1961, o Tratado da Antártida. No acordo, os países se comprometiam a suspender suas reivindicações por período indefinido, permitindo a liberdade de exploração científica do continente, em regime de cooperação internacional. Assim, o continente passou a ser considerado politicamente neutro. O tratado foi assinado originalmente por 12 países, e hoje possui 45 integrantes. O Brasil entrou para o grupo em 1975 e, desde 1983, é parte consultiva do grupo, ou seja, com direito a voto.

O tratado evolui com o tempo, levando em conta os princípios de paz, preservação ambiental e coleta de informações científicas. Em 1991, houve um aprimoramento das diretrizes, quando os países assinaram o Protocolo ao Tratado da Antártida para Proteção ao Meio Ambiente, também conhecido como Protocolo de Madri. Ele transformou a Antártida em uma área de preservação científica, estabeleceu a liberdade de investigação científica, a proteção ambiental e baniu exercícios militares no continente, proibindo o uso de armas na região. O documento tornou a região uma reserva natural, dedicada à paz e à ciência. A principal decisão do acordo é proibir por 50 anos (até 2047) a exploração econômica dos recursos minerais.

Disponível em: http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=26855&action=geral. Acessado em: 14/10/2012.
Por que não existe urso no Pólo Sul e pingüim no Pólo Norte? A resposta está na evolução das espécies, mas antes é preciso esclarecer que os pingüins não vivem exatamente no Pólo Sul e sim em regiões costeiras do continente antártico. Os cientistas acreditam que a presença dessas aves de andar engraçado no hemisfério sul está relacionada a um evento ocorrido há 175 milhões de anos. Até então, nosso planeta tinha um único bloco de terra rodeado por água. Com a separação dos continentes, a população de aves aquáticas, que vivia mais ou menos unida, também se dividiu e, com o passar do tempo, elas foram se adaptando melhor à região em que ficaram. O curioso é que, embora os pingüins não vivam no Pólo Norte, existia por lá uma ave muito parecida com eles chamada alca-gigante, hoje extinta. Já o urso-polar é descendente direto do urso-pardo, um grande mamífero que só se desenvolveu no hemisfério norte. Os ursos-polares dependem da água gelada para sobreviver e, como os oceanos nunca tiveram uma temperatura congelante do norte ao sul do planeta, eles não puderam migrar rumo à Antártida. Se isso acontecesse um dia, eles teriam uma grata surpresa: dividiriam seu hábitat com milhares de pingüins, que, fatalmente, acabariam se tornando uma de suas presas favoritas. Encontrado em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-nao-existe-urso-no-polo-sul-e-pinguim-no-polo-norte. Acessado em: 14/10/2012

sábado, 15 de setembro de 2012

Ciência na Bíblia - O arco-íris

Descrito em Gênesis, fenômeno resulta da separação das cores que formam a luz solar quando ela atravessa gotículas de água na atmosfera

Por Marcelo Cypriano
marcelo.cypriano@arcauniversal.com


“O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.

E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.

Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente
de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.

E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e
toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.

E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim
e entre toda a carne, que está sobre a terra.”
Gênesis 9:13-17

Após uma chuva, sempre há gotículas de água suspensas na atmosfera. Quando atravessadas pela luz solar, acontece o fenômeno conhecido como arco-íris, descrito em Gênesis como um sinal de Deus para com Noé e sua descendência de que não haveria mais dilúvios, ao mesmo tempo um símbolo da aliança do Senhor com seus filhos.
Um arco-íris não está de verdade no local em que aparenta estar. É apenas um fenômeno óptico causado pela descrita dispersão da luz (é sempre bom lembrar: “óptico”, com “p”, é relativo a olhos, visão, enquanto “ótico” refere-se a ouvidos, audição).

A luz do sol é uma onda luminosa branca. Sabemos que o branco, na verdade, é formado de várias cores. Ao passar por uma gota d’água – ou até mesmo um objeto transparente sólido, maciço –, o feixe branco se refrata em um multicolorido. Dentro da gota, o feixe é refletido sobre sua superfície interna e novamente sofre refração, separando as cores, agora visíveis a olho nu. Como a dispersão acontece, durante ou após uma chuva, em todas as gotas que recebem o feixe solar, é como se uma grande lente líquida se formasse na atmosfera, causando o arco que vemos.
A forma de arco se dá de acordo com nossa posição ao vê-lo. Com o sol nem muito alto, nem muito baixo, incidindo entre as inúmeras gotículas uniformemente espalhadas no ar, as que refratam a luz diretamente para os olhos do observador estão dispostas em círculo (na verdade, este círculo é uma seção reta de uma superfície parabólica, com foco no observador). Quando a posição muda, também pode mudar o formato. De uma aeronave, olhando-se para baixo, podemos ver o aro completo, um anel fechado.

Também vemos arco-íris perto de cachoeiras e chafarizes, pela dispersão de gotículas no ar, ou os reproduzimos em miniatura ao usar uma mangueira que espalhe bem a água, sob o sol.
As cores

O arco multicolorido apresenta sete cores – de fora para dentro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo (ou anil) e violeta. Dependendo da posição ou da dispersão das gotas no ar,
podemos ter a impressão de que são apenas seis – ou cinco, como enxergou, a princípio, o físico Issac Newton.
Falando em Newton, ele foi o primeiro cientista a mostrar que a luz branca era composta pelas luzes das cores exibidas pelo arco-íris. Com um prisma de vidro, ele decompôs a luz branca em um feixe colorido e, com outro maciço transparente, o recompôs em luz branca.
Às vezes, um segundo arco-íris – geralmente mais fraco – pode ser visto do lado de fora do arco principal. Isso acontece pela dupla reflexão da luz solar nas gotículas de chuva. Vale salientar que as cores do arco externo são invertidas em relação ao interno. Embora mais raros, podem acontecer arcos triplos e, mais raros ainda, quádruplos, sendo o externo mais vibrante.

Arco da velha
O arco-íris sempre causou fascínio por sua beleza, por isso, objeto de várias lendas de várias culturas. Recebeu diferentes nomes entre elas. “Arco-íris” mesmo, por exemplo, vem de uma personagem da mitologia grega, Íris, que na função de mensageira percorria os céus deixando um rastro multicolorido. “Arco celeste”, ou “arco do céu”, vão ao encontro de como Deus se referiu ao fenômeno em Gênesis, de onde também vem a designação “arco da aliança” para alguns povos. A língua francesa pegou carona daí para seu “l’arc en ciel” (literalmente “o arco no céu”). “Arco da chuva” também é usado – como no inglês rainbow, junção das palavras rain (chuva) e bow (arco).
Quando alguém quer se referir a algo incrível, espantoso, muitas vezes diz que “é do arco da velha”, na verdade mais um dos nomes do arco-íris. A expressão também tem origem bíblica. Por ser o sinal da aliança com Deus, o fenômeno tornou-se conhecido como o “arco da lei velha” (o Antigo Testamento), termo com o tempo reduzido à forma atual.

Encontrado em; http://www.arcauniversal.com/mundocristao/series/noticias/ciencia-na-biblia---o-arco-iris-11386.html

Curiosidades sobre o arco íris

Curiosidades sobre o arco íris
O arco íris é algo lindo que sempre aparece no céu e ficamos admirados com a incrível combinação de cores que faz, existem varias histórias da origem do arco íris. Um arco íris aparece quando a luz branca do sol é interceptada por uma gota d’água da atmosfera, a luz branca é uma mistura de várias cores, parte da luz é refratada para dentro da gota refletida no seu interior e novamente é refratada para fora da gota.
Quando a luz atravessa uma superfície líquida que é a gota da chuva a refração faz aparecer o espectro de cores, como o azul, laranja, vermelho, violeta, verde, laranja e anil. Esse fenômeno ocorre quando há dupla reflexão da luz do sol nas gotas de chuva, devido a reflexão extra as cores do arco são invertidas quando comparadas com o arco-íris principal.
Às vezes é possível que um segundo arco-íris mais fraco possa ser visto fora do arco-íris principal, o efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima da pessoa que está vendo em uma baixa altitude ou ângulo.
O mais espetacular é que aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e nós observadores estamos em um local com céu claro, um local comum para vermos o arco-íris é perto de cachoeiras. O Arco-íris será sempre o símbolo da aliança de Deus com homens e do Sol com a chuva.

Encontrado em: http://www.blogers.com.br/curiosidades-sobre-o-arco-iris/

Arco-íris duplo

Pude hoje me deparar com uma imagem inusitada no céu de domingo. Um arco-íris duplo. Num primeiro relance eu me perguntei sobre a raridade desse evento. Isso me levou a uma auto-crítica. Percebi que ando tentando atribuir valor e significado a tudo que vejo. Tudo bem que um arco-íris duplo não é algo trivial, mas daí associar isso a alguma posição privilegiada no universo já é uma medida desesperada de se dar valor.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Contudo, uma segunda olhada foi o que realmente me ganhou atenção. Possivelmente foi o que fez me lembrar do evento para realizar uma pesquisa a respeito. A ordem das cores do segundo arco-íris estava invertida em relação ao primeiro.
Vou repetir e dar ênfase: A ordem das cores do segundo arco-íris estava invertida em relação ao primeiro
Pra falar a verdade eu nunca soube qual era essa ordem. Por isso, se apenas um fosse visto, eu não notaria a inversão. Mas não, na presença dos dois foi possível constatar que enquanto um ia da menor frequência para a maior, o outro seguia uma ordem que decrescia em frequência. Então, o que estava ali não era uma manifestação de dois eventos separados, mas sim dois objetos atrelados ao mesmo evento.
Uma pesquisa curta, essencialmente no wikipédia, já foi possível me convencer da explicação para o fenômeno, que tem sim um certo teor de raridade. Segue o texto:

Algumas vezes, um segundo arco-íris mais fraco é visto fora do arco-íris principal, ele é devido a uma dupla reflexão da luz do sol nas gotas de chuva, e aparece em um ângulo de 50°–53°. Devido à reflexão extra, as cores do arco são invertidas quando comparadas com o arco-íris principal, com o azul no lado externo e o vermelho no interno.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Biomas, Domínios e Ecossistemas


Bioma, domínio e ecossistema  são termos ligados e utilizados ao mesmo tempo nas áreas da biologia, geografia e ecologia, mas, não significando em absoluto que sejam palavras referentes a um mesmo conceito. São todos empregados quando se pretende dividir um território de acordo com suas paisagens naturais.
Biomas são grandes áreas ou ecorregiões geográficas, de até mais de um milhão de quilômetros quadrados (uma dimensão que equivale a pouco menos que o estado do Pará ou a África do Sul), com condições ambientais específicas, onde ocorre interação entre os fatores no conjunto natural (relevo, clima, vegetação, fauna, hidrografia e solo). Apesar da diversidade de vegetação, a paisagem apresenta-se com certa uniformidade, havendo porém, dificuldade de definição de seus limites naturais.
Como exemplo de biomas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), temos:
Domínio é o conjunto natural em que há interação entre o clima e os elementos relevo ou vegetação determinantes. Possui o domínio certa ordem de grandeza, geralmente apresentando-se como uma área menor que o bioma. Neste conjunto há certa coerência nos aspectos de relevo, tipos de solo, vegetação, clima e hidrografia. Modernamente, substitui o termo zona (como por exemplo, zonas tropicais, zonas temperadas, subtropical, etc.). Definimos os domínios morfoclimáticos brasileiros a partir de características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas, havendo seis importantes destes espaços em território brasileiro:
  • Domínio Amazônico
  • Domínio dos Cerrados
  • Domínio dos Mares de Morros
  • Domínio das Caatingas
  • Domínio das Araucárias
  • Domínio das Pradarias
Finalmente, o ecossistema é uma comunidade de organismos que interagem entre si e com o meio ambiente ao qual pertencem. Exemplos de meio ambiente são lagos, floresta, savana, tundra, etc. É complexo que compõe o ecossistema onde ocorre a interação entre seres vivos e os elementos não-vivos (bióticos e abióticos), havendo a transferência de energia e matéria entre eles. Um domínio pode conter mais de um bioma e de um ecossistema.
Os principais ecossistemas brasileiros são:
  • Floresta Amazônica
  • Mata Atlântica
  • Cerrado
  • Caatinga
  • Campos
  • Pantanal
  • Restingas e Manguezais
É importante notar os diferentes biomas, domínios e ecossistemas presentes no território nacional, atestando a diversidade climática, vegetal, animal e de relevo que estão contidas entre as fronteiras terrestres. Tal variedade cultural e paisagística, além da falta de praticamente qualquer conflito étnico e fronteiriço deixa o Brasil em posição privilegiada, ressaltando seu potencial turístico, sobretudo o turismo ecológico.
Bibliografia:
Ecossistema . Disponível em http://www.todabiologia.com/ecologia/ecossistema.htm  . Acesso em 18/06/2011.
Biomas . Disponível em http://www.brazadv.com.br/brasil/biomas.htm . Acesso em 18/06/2011.
- ? , Alexandre . Paisagem natural, bioma, domínio morfoclimático e ecossistema. Uma análise conceitual . Disponível emhttp://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com/2010/08/paisagem-natural-bioma-dominio.html . Acesso em 18/06/2011.
BRUNO , Francisco . Domínios Morfoclimáticos . Disponível em http://cta2009-2-dominios-morfoclimaticos.blogspot.com/ . Acesso em 18/06/2011

http://www.infoescola.com/geografia/biomas-dominios-e-ecossistemas/

DOMINIOS MORFOCLIMATICOS


INTRODUÇÃO


O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma geografia marcada por grande diversidade. A interação e a interdependência entre os diversos elementos da paisagem (relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna, etc.) explicam a existência dos chamados domínios geoecológicos, que podem ser entendidos como uma combinação ou síntese dos diversos elementos da natureza, individualizando uma determinada porção do território.

Dessa maneira, podemos reconhecer, no Brasil, a existência de seis grandes paisagens naturais: 
  • Domínio Amazônico; 
  • Domínio das Caatingas;
  •  Domínio dos Cerrados; 
  • Domínio dos Mares de Morros; 
  • Domínio das Araucárias; e 
  • Domínio das Pradarias.
Entre os seis grandes domínios acima relacionados, inserem-se inúmeras faixas de transição, que apresentam elementos típicos de dois ou mais deles (Pantanal, Agreste, Cocais, etc.).

Dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma paisagem natural são o clima e o relevo; eles interferem e condicionam os demais elementos, embora sejam também por eles influenciados. A cobertura vegetal, que mais marca o aspecto visual de cada paisagem, é o elemento natural mais frágil e dependente dos demais (síntese da paisagem).

DESENVOLVIMENTO

Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático.
 Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios:

I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial;
II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome, vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões;
III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado;
IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das secas), de formações cristalinas, área depressiva intermontanhas e de clima semi-árido;
V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinheiro brasileiro (araucária), região de planalto e de clima subtropical;
VI – Domínio das Pradarias – região do sudeste gaúcho, local de coxilhas subtropicais.

O que são domínios morfoclimáticos?

Uma grande dificuldade quando se pretende dividir um território em paisagens naturais é que os limites dos seus elementos em geral não se coincidem. Assim, em determinado compartimento do relevo nem sempre o clima ou a vegetação são semelhantes em toda a sua extensão, como por exemplo, o planalto. E determinado tipo de clima pode abranger um planalto e uma planície, bem como vários tipos de vegetações. Esse problema pode ser resolvido em áreas de transição, faixas de terra em que não há homogeneidade dos elementos naturais, há a presença de elementos de conjuntos diferentes, ou seja, há áreas em que ocorre certa semelhança, em toda a sua extensão, do tipo de clima, relevo, hidrografia, vegetação e solo. Outra dificuldade para dividir um território em paisagens naturais é o fato de não existir nenhuma regra geral para isso. Não há nenhum elemento determinante a partir do qual se defina todo o conjunto.
Antigamente, costumava-se considerar o clima (ligado às latitudes) como determinante, dividindo-se as paisagens naturais do globo em zonas tropicais, temperadas, subtropical e etc. De vez em quando, outro elemento da paisagem natural, principalmente a vegetação ou em alguns casos o relevo, é mais importante que o clima para explicar o conjunto. 
O clima não é mais estudado como dependente apenas da latitude, mas principalmente da dinâmica atmosférica, da ação das massas de ar. Temos como exemplo a caatinga e o clima semi-árido no sertão nordestino ou a cobertura florestal da porção litorânea do país, desde o nordeste até o sul. Por causa disso, não se usa mais, mesmo para o Brasil, o termo zona e sim domínio – conjunto natural em que há interação entre os elementos e o relevo, clima ou vegetação, que são determinantes.

Domínio Morfoclimático Amazônico

É formado por terras baixas: depressões, planícies aluviais eplanaltos, cobertos pela extensa floresta latifoliada equatorialAmazônica. É banhado pela Bacia Amazônica, que se destaca pelogrande potencial hidrelétrico.Apresenta grave problema de degradação ambiental,representado pelas queimadas e desmatamentos. O governo brasileiro, por meio do Programa Piloto para aProteção das Florestas Tropicais do Brasil, adotará o ecotu-rismo ea biotecnologia como formas de desenvolver a Amazônia, preservando-a.
Situação Geográfica
Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém.


Características do Povoamento
A região é pouco povoada, sua densidade demográfica é de aproximadamente 2,88 hab./km². Isto se deve ao fato da grande extensão territorial e dos difíceis acessos ao interior dessa área. Nesse sentido, o governo em 1970, fez o programa de ocupação populacional na região amazônica, com migrações oriundas do nordeste. A extração da borracha permitiu desenvolver esta área, antes inóspita economicamente, numa região de alta produtividade, seja ela econômica, cultural ou social. Nessa época, muitas cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governo continuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da região e incorpora em Manaus a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), que trouxe para a capital amazonense muitas indústrias transnacionais. Tanto foi a resposta desta “zona livre”, que antes da Zona Franca de Manaus, a mesma cidade detinha uma população de 300 mil/hab e com a instalação desta área, passou para 800 mil/hab. 
Outros projetos são instalados pelo governo federal na região amazônica, como: o Projeto Jari, o Programa Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajás. Com isso, inicia-se a exploração mineral e vegetal da Amazônia. Mas os resultados desses projetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetação natural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura.


Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. 
A região passa por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo pluviométrico diário, só que em índices diferentes. 
O transporte existente também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o rodoviário é quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o aéreo são muito utilizados devido às facilidades encontradas neste domínio. 
Como se trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riquíssimo, é de fundamental importância entendê-la para não desestruturar seu frágil equilíbrio. Devido à existência de inúmeros rios, a região sofre muita sedimentação por parte fluvial, já que a precipitação é abundante (2.500 mm/ano), transformando a região numa grande “esponja” que detém altas taxas de umidade no solo. 
Este mesmo solo é formado basicamente por latossolos, podzólicos e plintossolos, mas o mesmo não detém características de ser rico à vegetação existente, na verdade, o processo de precipitação é o que torna este domínio morfoclimático riquíssimo em floresta hidrófita e não o solo, como muitas pessoas pensam que é o responsável por tudo isto. 
Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia, como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. 
As espécies de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira, carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe-boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diversas orquídeas.


Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis


Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – queimadas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do globo. 
Ecologicamente a Amazônia está correndo muito perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. 
A exploração descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas de lado. As indústrias mineradoras geram conseqüências incalculáveis ao ambiente e nos rios são despejados muitos produtos químicos para esta exploração. 
A agricultura torna áreas de vegetação em solos de fácil erosividade e em resposta a tudo isso, gera-se um efeito “dominó” no meio ambiente, onde um é responsável e necessário para o outro. São poucas as atividades econômicas que não agridem a natureza. 
A extração da borracha, por exemplo, era uma economia viável ecologicamente, pois necessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmente, esta exploração é quase rara, devido à falta de indústrias consumidoras. Nesse sentido, deverão ser tomadas medidas de aprimoramento nas explorações existentes nesta região, para que deixem de causar imensas seqüelas ao ambiente natural.

Domínio Morfoclimático dos Cerrados


Corresponde à área do Brasil Central e apresenta extensoschapadões e chapadas, com domínio do clima tropical semi-úmidoe vegetação do cerrado.
A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos egalhos retorcidos, recobertos por casca grossa. Os solos são pobrese ácidos, mas com a utilização do método da calagem, colocando-secalcário no solo, estão sendo aproveitados pelo setor agrícola,transformando-se na nova fronteira da agricultura, representadapela expansão do cultivo da soja, feijão, arroz e outros produtos.Nesse domínio estão as áreas dispersoras da Bacia do Paraná,do Paraguai, do Tocantins, do Madeira e outros rios
destacáveis.

Situação Geográfica Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica.

Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros.


Características do PovoamentoDevido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoamento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvolvimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70. 
A primeira é baseada, principalmente, na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e extrativistas, além de investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroelétricas. Com estes recursos, a região vem a atrair investidores e mão-de-obra, e conseqüentemente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado, como no Mato Grosso que em 1940 sua população era de 430 mil/hab. e em 1970 vai para 1,6 milhões/hab. Tal foi à resposta destes programas, que nos dias de hoje o setor agrícola do cerrado ocupa uma ótima colocação em produção, em virtude de migrações do sul do Brasil


Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial, estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura, formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo, deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos. 
Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plantas. 
Condições Ambientais e Ecologicamente Sustentáveis
Em vista desses aspectos fisiográficos, o cerrado atraiu muita atenção para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu, nelore e ibagé. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado por outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosivos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea. 
Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e conservação das matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio-ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante, donde decorre uma grande devastação à natureza.

Domínio Morfoclimático de Mares de Morros

Esse domínio acompanha a faixa litorânea do Brasil desde oNordeste até o Sul do País. Caracteriza-se pelo relevo com topografiaem "meia-laranja", mamelonares ou mares de morros,formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serrasdo Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.
Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido,caracterizado pela floresta latifoliada tropical, que, na encosta daSerra do Mar, é conhecida como Mata Atlântica.Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência daforte ocupação humana.Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processoerosivo (relevo acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes eformação de voçorocas.
Situação Geográfica Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.


Características de Povoamento Como encontra-se na região litorânea leste do Brasil, foi o primeiro lugar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses – tanto que é em Porto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro Álvares Cabral, descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colônia portuguesa na América foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonização e povoamento, respectivamente. É neste domínio que estão as duas maiores cidades brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antiga constituição das duas cidades como centros econômicos, integradores, culturais e políticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, como por exemplo, a maior concentração populacional do Brasil e a de melhor base econômica.


Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Como o próprio nome já diz, é uma região de muitos morros de formas residuais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massa generalizados. 
Os processos de intemperismo, como o químico, são freqüentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se geralmente em decomposição. 
Tem uma significativa gama de redes de drenagens, somados à boa precipitação existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm a/a nas regiões serranas), que é devido à massa de ar tropical atlântica (MATA) e aos ventos alísios de sudeste, que ocasionam as chuvas de relevo nestas áreas de morros.

Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Lembrando que foi colocado anteriormente em relação ao povoamento, essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitos anos. 
Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que elucida uma atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes urgentes para sua conservação. Existem muitos programas, tanto do governo como privados, para a proteção da mata atlântica. 
Destaca-se por exemplo, a Fundação O Boticário (privado), que detém áreas de preservação ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado). Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estagnação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Deixando assim, a terra “descansar” e iniciar um projeto de reconstituição à vegetação nativa.

Domínio Morfoclimático das Caatingas

Corresponde à região da depressão sertaneja nordestina, comclima quente e semi-árido e típica vegetação de caatinga formadapor cactáceas, bromeliáceas e árvores.Destaca-se o extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, osisal e a piaçava.
A bacia do São Francisco atravessa o domínio da caatinga etem destaque pelo aproveitamento hidrelétrico e pelos projetos deirrigação no seu vale, onde a produção de frutas (melão, manga,goiaba, uva) tem apresentado expansão.A tradicional ocupação da caatinga é a pecuária extensiva decorte, com baixo aproveitamento.No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morrosresiduais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.
Situação Geográfica Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.


Características do Povoamento
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. 
A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Português e posteriormente ao Império Brasileiro. 
Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangaceiros. 
Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal investiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos. 
alendo destacar que com todos esses obstáculos sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migrações de transumância (saída na seca e volta na chuva).


Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características semelhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soonchacks. 
Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drenagem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. 
Neste sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc.


Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. 
Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desenvolver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importância para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-estabelecido à não causar desastres e conseqüências ambientais futuros.